FLÓRIDA – A polícia prendeu um homem em conexão com o vandalismo de dois centros LGBTQ+ em Orlando, Flórida, nesta quarta-feira (13). Matthew Michael Robinson, um homem de 34 anos, foi acusado de danos criminais, de acordo com um comunicado do Departamento de Polícia de Orlando. Segundo o LGTQNation, imagens de vigilância mostram um segundo suspeito envolvido no vandalismo que ainda não foi preso.
De acordo com o comunicado da polícia, os agentes responderam na madrugada de 26 de Agosto a dois edifícios vizinhos onde vários murais tinham sido desfigurados. Os prédios abrigam o Centro LGBTQ+ de Orlando e a organização juvenil LGBTQ+ Zebra Youth, que criou obras de arte coloridas que celebram o Orgulho gay e a alegria dos transgêneros.
Os murais foram pintados com discursos de ódio nazistas e nacionalistas cristãos, incluindo uma suástica e as palavras “Gay não é correto”: “Um homem, uma mulher, nem mais nem menos”, dizia uma mensagem espalhada por um coração pintado com as cores da bandeira do Orgulho trans. “Proteja vidas, salve os olhos das crianças das mentiras trans”, dizia outro grafite pintado em uma parede ao lado de um coração nas cores do arco-íris.
“Levítico 20:13” foi pintado sobre outro coração de arco-íris, referenciando a admoestação do Antigo Testamento no Livro de Levítico: “Se um homem se deitar com outro homem como se fosse uma mulher, ambos cometeram uma abominação; certamente serão mortos; o sangue deles está sobre eles”. Várias das mensagens foram acompanhadas pelo que parecia ser a mira de uma arma.
O Centro já foi alvo de discurso de ódio antes. Em 2009, vândalos pintaram “morram gays” e “vão para o inferno” nas paredes do prédio. Em 2020, um mural dedicado à memória das vítimas do tiroteio na boate Pulse foi vandalizado com adesivos e pichações da supremacia branca.
“O governador Ron DeSantis desencadeou e encorajou um flagelo de ódio na Flórida”, disse a Equality Florida em um comunicado divulgado no mês passado em resposta ao vandalismo. “Ele alimentou as chamas da intolerância anti-LGBTQ e a sua agenda envia uma mensagem clara de que a sua administração não só tolera o ódio, mas também o acolhe”.
A polícia de Orlando afirma que a investigação está em andamento e está incentivando qualquer pessoa com informações sobre o incidente a entrar em contato com a Divisão de Investigações Criminais da Polícia de Orlando ou com a Central Florida Crimeline.