Um episódio recente da série de animação infantil “Rubble e Sua Turma“, um spin-off de “Patrulha Canina“, foi recebido com aplausos por abrir novos caminhos na representatividade, bem como críticas severas de alguns setores conservadores, destacando a persistente divisão em torno da representação LGBTQIA+ na mídia.
O episódio, intitulado “The Crew Builds An Observatory”, apresentou aos espectadores River, um personagem não binário criado pela autora e ativista não binária, Lindz Amer. Pelo Instagram, Amer compartilhou sua alegria com o marco. “Eu queria escrever um personagem não binário que fosse ambicioso e incrivelmente legal, alguém que os filhotes (e as crianças em casa) admirassem. Eles encontraram um ator não binário incrível [Cihang Ma] para dublar River, e estou muito feliz com o resultado“, disse a autora.
No entanto, esta decisão não ficou isenta de conservadores. O influenciador extremista estadunidense Robby Starbuck liderou um grito de guerra contra o que ele considera um esforço para “doutrinar as crianças na ideologia trans“. Robby pediu aos pais que “desligassem os programas convencionais para sempre” e supervisionassem estritamente o uso da Internet por seus filhos. Embora debates como estes não sejam novos, o incidente destaca o discurso tenso sobre a representação LGBTQIA+ na programação infantil.
A ativista transexual e jornalista independente Erin Reed abordou a polêmica em uma reportagem no portal Substack. Em uma postagem no X, anteriormente conhecido como Twitter, com link para seu artigo, Reed escreveu: “É difícil acompanhar tudo o que os conservadores almejaram para cancelamento em relação aos personagens LGBTQ +. Agora eles têm uma nova ameaça: Patrulha Canina.”
