A evolução das técnicas cirúrgicas evitam mutilação no corpo da mulher e garantem autoestima após procedimento.
A maioria das mulheres com câncer de mama fará algum tipo de cirurgia como parte da sua jornada de cuidado, pois o procedimento é um componente essencial no tratamento da doença. A cirurgia oncológica pode ser feita sozinha ou em conjunto com outras abordagens terapêuticas, como quimioterapia, terapia-alvo e radioterapia.
De acordo com as Sociedades Brasileiras de Mastologia e de Cirurgia Oncológica, a maioria das mulheres diagnosticadas a cada ano com a doença têm a cirurgia oncológica como uma das formas de tratamento. Ainda que possa ter objetivos distintos, o procedimento cirúrgico é um dos pilares para o tratamento do câncer de mama.
“No câncer de mama, a cirurgia é uma modalidade de tratamento sempre presente. Com os avanços em tecnologia, cada vez mais a cirurgia tem sido menos mutilante. Hoje em dia, nós conseguimos fazer uma cirurgia oncologicamente segura e manter as mamas com seu aspecto normal, com a utilização de técnicas de oncoplastia”, destaca a mastologista, cirurgiã oncológica e coordenadora do Serviço de Mastologia do Hospital São Domingos, Dra. Ana Gabriela Caldas.
A médica explica que, na oncoplastia, a cirurgia pode ser feita com próteses de mama, o que fornece um bom aspecto para a paciente, ou com técnicas próprias da cirurgia plástica para o cuidado com a mama doente, o que oferece à paciente a simetrização da mama contralateral.
Indicação
A escolha da modalidade cirúrgica será conforme o tipo de tumor e o estadiamento da doença, considerando a individualidade de cada caso e o desejo de cada paciente.
Dentre os cenários os quais o médico mastologista e o cirurgião oncológico podem lançar mão cirurgia para fazer o tratamento oncológico seguro da doença, estão ressecção do tumor com margens livres, com abordagem auxiliar para a pesquisa de linfonodos sentinelas e posterior reconstrução da mama, com retalhos locais ou utilizando técnicas de oncoplastia, incluindo a colocação de próteses.
“O câncer de mama, em seu estágio inicial, tem como tratamento padrão a cirurgia conservadora com pesquisa de linfonodos sentinelas. Já a mastectomia está restrita aos casos de maior acometimento mamário. A principal vantagem da cirurgia conservadora é que mantém a maior parte do tecido mamário e, para complementar o tratamento cirúrgico, a radioterapia poderá ser necessária”, explica a especialista.