No Domingão com o Huck do dia 5 de novembro, o quadro “Quem quer ser um milionário” desafiou o participante deparou com a seguinte pergunta: “Quem era o ator que conduzia a cerimônia do Oscar em 1974, quando um homem nu invadiu o evento?”. A resposta correta era o britânico David Niven, que prestes a chamar a atriz Elizabeth Taylor ao palco para revelar o vencedor do prêmio de Melhor Filme naquela ocasião, viu-se diante de uma cena inusitada
Naquele momento histórico, um homem completamente nu, identificado como Robert Opel, burlou a segurança e irrompeu no palco da cerimônia de premiação mais prestigiosa do cinema. Robert Opel, além de ativista, era um fotógrafo de 35 anos que já havia trabalhado como redator de discursos para o ex-ator e político conservador Ronald Reagan, antes de se voltar para a esquerda e dedicar-se principalmente à fotografia para a revista LGBT “The Advocate”. Mais tarde, ele fundaria a primeira galeria de arte exclusivamente dedicada à comunidade gay em São Francisco. Opel era conhecido por sua personalidade livre e destemida, comprometido em seguir seus próprios ideais sem se prender a convenções sociais. Além de seu episódio no Oscar, ele também invadiu uma reunião do Conselho Municipal de Los Angeles, de forma semelhante e nua, interrompendo uma discussão sobre a proibição da nudez nas praias. Em 1976, ele surpreendeu ao se candidatar à Presidência dos EUA como uma espécie de provocação. Em 1978, Opel inaugurou a galeria Fey Way Studios, que se tornou uma referência para obras homoeróticas, divulgando o trabalho de renomados artistas como Tom of Finland, Robert Mapplethorpe e Rex. O espaço tornou-se um ponto de encontro para amigos e profissionais da vanguarda cultural na efervescente São Francisco. Tragicamente, a galeria também foi o local onde o fotógrafo encontrou sua morte de maneira brutal.