Segundo informações da coluna do Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o bar personalizou um adesivo onde diz que o local é “livre de preconceito“. A peça pode ser vista na entrada do local. O Bar Popeye, que fica na Rua Farme de Amoedo, um dos redutos do público LGBTQIA+ no Rio de Janeiro, funciona em Ipanema desde 1969, há 53 anos.
Em 7 de setembro do ano passado, o empresário Milton Caruso de Freitas, um dos sócios do bar, teria impedido que o casal consumisse bebidas no local por serem gays. De acordo com as vítimas e testemunhas, Milton teria dito “não vou vender chopp pra gays no meu bar“, “não quero gays no meu bar” e “não quero vocês no meu bar“. Depois da situação, Fernando e Rafael decidiram procurar a polícia e registrar queixa. O Ministério Público do Rio, então, denunciou Milton por homofobia.
“Considerando que devemos dar créditos as declarações da vitima nos crimes pautados no preconceito e na intolerancia, pois são de extrema relevância, considerando que o racismo é toda ação que ofende, discrimina um grupo social por causa de sua raça, etnia, cor religião ou origem cujo bem jurídico ofendido é a dignidade humana. Tendo como norma reguladora a lei 7.716/89 são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. Por fim, diante dos fatos noticiados e documentos acostados, vislumbram-se indícios da prática dos crimes noticiados neste procedimento, concluo pelo indiciamento de Milton Caruso de Freitas pelo cometimento do delito de homofobia“, escreveu a delegada Rita Salim, titular da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em seu relatório ao Ministério Público (MP).