Um arcebispo de Nairóbi, no Quênia, proibiu os padres de sua arquidiocese a abençoarem casais homoafetivos. O anúncio foi feito no último sábado, 23, contrariando a decisão do Vaticano anunciada no dia 18 deste mês sobre a bênção. Na visão de Philip Anyolo, vigário responsável pela proibição, a medida “contradiz a desaprovação da igreja às uniões homossexuais”. A decisão foi criticada pela comunidade católica conservadora e Francisco chegou a ser chamado de “servo de satanás” pelo arcebispo apostólico nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò.
Em Nairóbi, Philip Anyolo afirmou que o relacionamento entre homoafetivos é “contra a razão, a natureza e a cultura africana tradicional”, e que a Igreja Católica não possui poder para conceder bênçãos a esse tipo de união. Segundo o portal O Povo Online, enquanto arcebispo, ele tem o poder sob a demanda de padres da região, mesmo desfazendo uma autorização do Papa, chefe da igreja católica. Lembrando que a bênção é uma sugestão do Papa e não uma ordem da igreja.
O papa Francisco deu uma declaração que aparentemente é uma brecha para a possibilidade de padres darem bênçãos a casais homoafetivos, desde que limitadas, decididas caso a caso e que não sejam confundidas com cerimônias de casamento de casais heterossexuais – ou seja, bênção, mas com ressalvas. Francisco deu a opinião em resposta a cinco cardeais conservadores da Ásia, Europa, África, Estados Unidos e América Latina.