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Fabiano Augusto, garoto-propaganda das Casas Bahia, estrela peça LGBT+ e fala sobre aceitação após se declarar gay: ‘Foi libertador’
Pode até ser que Fabiano Augusto sempre será lembrado por repetir “Quer pagar quanto?” nas propagandas das Casas Bahia, mas 2018 marcou uma virada de chave em sua vida. Após publicar uma imagem com seu namorado – e hoje marido -, o comunicador virou notícia por ter se declarado gay. Na época, ele garante que tudo foi surpreendente, já que sua família e amigos tinham essa concepção informada desde muito cedo. Fabiano lembra que via o Instagram somente como “um álbum de fotos” e acabou publicando a imagem com Dan Nakagawa apenas para celebrar mais um Dia dos Namorados. “Estava completando 12 anos juntos e virou uma coisa, tomou proporção que não esperava. Passado o susto, foi a melhor coisa que fiz, foi importantíssimo para mim, foi libertador”, conta ele, em entrevista ao GAY BLOG BR. Agora, quase seis anos após o ocorrido, Fabiano pode ser visto no musical “Codinome Daniel”, que reverencia a trajetória de Herbert Daniel (1946-1992), um jornalista e ativista LGBTQIA+ cuja luta pelos direitos das pessoas vivendo com HIV foi notória. Sendo seu primeiro projeto LGBTQIA+, o ator e apresentador se mostra empolgado com a possibilidade de falar sobre Herbert.
Afinal, segundo Augusto, o ativista foi fundamental para a conscientização da causa HIV no país. Fabiano vai além: a figura também serve para pensarmos o quanto ainda temos nossas próprias clandestinidades. “A peça fala sobre as clandestinidades do Herbert, da vida sexual dele, na luta armada, de viver com HIV, e como ele lutou contra tudo isso e como saiu disso. É óbvio que isso me pega muito para rever todos os meus lados, todo mundo tem sua clandestinidade, então é legal falar e rever elas.” Fabiano destaca, inclusive, que “Codinome Daniel” foi sua estreia em um projeto LGBTQIA+ porque há muito a se melhorar no mercado, de modo geral. “Quando vejo que o LGBTQIA+ vai ser colocado na mesma caixinha, estereotipado, prefiro não fazer. A gente é tão diverso… E atuando em projetos assim, acabamos fazendo um desfavor para nós mesmos.”
