GRÉCIA – Um dos países cuja história de relacionamentos homoafetivos é mais evidente, está prestes a decidir sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo, incluindo adoção de crianças. Sim, a Grécia, começa a discutir uma proposta de lei no dia de hoje (15) mesmo sob polêmicas desde a sua apresentação por conta do cenário religioso do pequeno país. A pauta não inclui tratamentos de reprodução assistida ou barriga de aluguel para casais homossexuais.
O Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Grega divulgou um manifesto explicando sua oposição ao casamento igualitário, alegando que a medida neutraliza a paternidade e a maternidade. Apesar dos apelos da hierarquia religiosa para que o público se oponha ao projeto, a Grécia pode se tornar o primeiro país ortodoxo a permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo após a decisão da votação.
A questão do casamento igualitário divide a Nova Democracia, partido no poder na Grécia desde 2019. Pelo menos 20 deputados do partido se manifestaram contra o projeto de lei, incluindo o ex-primeiro-ministro grego, Andonis Samaras. Apesar da oposição interna, espera-se que o primeiro-ministro Mitsotakis consiga reunir votos suficientes para aprovar a medida, contando com o apoio dos partidos de esquerda, com exceção do KKE comunista, que devem votar a favor.