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Bandeiras LGBT: quantas existem e quais são seus significados.
Através das cores e símbolos, as bandeiras são uma forma de representatividade para diversos tipos de grupos e movimentos. Mas, afinal, quais são as 28 bandeiras LGBT?
No caso da comunidade LGBTQIA+, que no Brasil se prepara para ocupar as ruas da capital paulista na 27ª edição da Parada do Orgulho LGBT, cada uma das letras da sigla é representada por um tipo de bandeira específica, que simbolizam a luta de pessoas que rompem com os padrões de sexualidade e gênero.
Atualmente, nove são as principais bandeiras utilizadas pelo movimento LGBT e por pessoas que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queers, intersexo e assexuais. No entanto, com o passar do tempo, as noções de sexualidade e gênero vêm gerando não apenas alterações nas bandeiras já existentes, mas também novos tipos de identidades e simbologias, como é o caso da bandeira polissexual ou a nova ‘bandeira do arco-íris’.
Bandeira Arco-íris
A bandeira colorida é, de longe, o maior símbolo do movimento LGBTQIA+. Exibida pela primeira vez na Parada Gay da Liberdade de São Francisco, nos Estados Unidos, a bandeira foi criada em 1978 pelo artista norte-americano Gilbert Baker.
Originalmente, a bandeira tinha oito cores, das quais seis permanecem até hoje. Segundo Baker, essa bandeira foi criada com o objetivo de significar a diversidade e a inclusão, usando “algo da natureza para representar que nossa sexualidade é um direito humano".
O vermelho simboliza a vida; o laranja, cura ou saúde; o amarelo, a luz do sol; o verde, a natureza; o azul, a arte; e o lilás, o espírito.
Apesar da "bandeira do arco-íris” ser a mais utilizada dentro do movimento LGBTQIA+, o debate sobre a ausência de representatividade de alguns grupos que compõem a comunidade levou à atualização da bandeira ‘over the rainbow’.
A nova versão foi lançada em novembro de 2022 durante a 27ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Copacabana. Sua nova versão inclui a gravura do orgulho intersexo - pessoas que não se enquadram nas definições biológicas consideradas típicas de masculino ou feminino -, a paleta do orgulho trans e listras representando o antirracismo.
Bandeira lésbica
Publicada em 2000 no jornal Palm Springs Gay and Lesbian Times e feita pelo designer gráfico gay Sean Campbell, a ‘bandeira labrys’ é considerada como a mais política das bandeiras lésbicas por seus diversos elementos que carregam história.
O violeta ao fundo é associado às poesias de Safo, a primeira mulher que se tem registro histórico de amar mulheres; o triângulo preto invertido é uma reivindicação do símbolo, que foi usado por nazistas para marcar as mulheres "anti-sociais", indesejadas - inclusive, lésbicas; e o machado de dupla lâmina, o lábris ou labrys, está associado a uma arma usada pelas Amazonas da mitologia, uma nação guerreira composta exclusivamente por mulheres.
Bandeira não-binária
Criada em 2014 por Kye Rowan, ativista da causa não-binária, a bandeira do orgulho não-binário é composta pelas cores amarelo, branco, roxo e preto.
O amarelo representa as pessoas cujo gênero não se enquadram ao conceito binário de gênero; o branco é relacionado às pessoas que se identificam com vários gêneros; o roxo está associado à fluidez das experiências de gênero, representando pessoas que se identificam tanto com o gênero masculino e quanto do feminino ou misturam estes dois; o preto, por ser a ausência total de cores, representa as pessoas que não se identificam com gênero algum.
Bandeira trans
De acordo com a ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), a bandeira do Orgulho Transgênero foi criada em 1999 por Monica Helms, uma mulher trans estadunidense.
A bandeira possui cinco faixas horizontais, sendo duas azuis claras, duas rosas e uma branca no centro.
O azul representa pessoas transmasculinas, o rosa pessoas transfemininas e o branco pessoas não-binárias.
Bandeira bissexual
Desenhada por Michael Page, em 1998, a bandeira bissexual é formada pelas cores rosa, roxo e azul.
A faixa rosa, no topo da bandeira, representa pessoas que se relacionam apenas com pessoas do mesmo gênero. A azul, última cor da bandeira, está associada aqueles que se relacionam com pessoas do sexo oposto. No meio, a cor roxa, que se forma a partir da mistura entre o rosa e o azul, representa as pessoas bissexuais, que se atraem por ambos os gêneros.
Bandeira queer
Com três faixas de cores, assim como a bandeira bissexual, a bandeira queer foi criada por Mariyn Roxie em 2010.
A partir do lilás, do branco e o verde, a bandeira representa pessoas que se contrapõem à necessidade de se encaixar aos padrões impostos pela sociedade, seja de gênero ou sexualidade.
Bandeira pansexual
Se definem como ‘pansexuais’ os indivíduos que sentem atração por pessoas independente de sua orientação sexual, sexo ou identidade de gênero.
Criada em 2010, a faixa rosa representa a atração por pessoas que se identificam como mulheres, a faixa azul a atração por pessoas que se identificam como homens e a amarela engloba os indivíduos que não levam em consideração a identidade de gênero ou o sexo daquele com quem resolve se relacionar.
Bandeira intersexo
O termo ‘intersexo’ representa pessoas que nascem com características genéticas que não se enquadram nas definições biológicas consideradas típicas de masculino ou feminino.
Até alguns anos atrás, pessoas intersexo eram chamadas de ‘hermafroditas’, porém o termo caiu em desuso por ser pejorativo e por estar associado apenas aos genitais, sem considerar alterações hormonais e e características internas dos órgãos do aparelho reprodutor.
Segundo a iniciativa Queer In The World, a bandeira do orgulho intersexual mais comum é projetada com um fundo amarelo e um círculo roxo no centro.
Em 2013, Morgan Carpenter, da Intersex Human Rights Australia, escolheu amarelo e roxo porque nenhuma dessas cores representa as construções tradicionais de identidades binárias (masculino e feminino).