Na localidade Novo Oriente, zona rural de Açailândia/MA, vivem centenas de agricultores dedicados, cujas mãos trabalhadoras alimentam não apenas suas próprias famílias, mas também abastecem mesas em todo o país. No entanto, por trás da beleza serena das paisagens rurais, esconde-se uma realidade desoladora: a estrada rural que liga esta comunidade vital ao mundo exterior está mergulhada em completo abandono.
Com uma extensão de 22 quilômetros, esta via é a artéria vital que mantém pulsante a vida econômica e social de Novo Oriente. No entanto, ao longo dos anos, tem sido negligenciada, deixada à mercê das intempéries e da falta de manutenção adequada. Buracos profundos se tornaram crateras, trechos outrora transitáveis agora se assemelham a trilhas de terra batida e atoleiros, a segurança dos que por ela transitam está comprometida.
O que torna esta situação ainda mais frustrante é o fato de que tanto a Vale S/A quanto a prefeitura de Açailândia têm o compromisso declarado de manter esta estrada em condições adequadas. No entanto, na prática, são os próprios agricultores e residentes de Novo Oriente que são forçados a arcar com os custos da manutenção. Com seus próprios recursos financeiros, eles preenchem os buracos, nivelam os trechos deteriorados e lutam diariamente para garantir que a via essencial permaneça transitável.
Esta situação não é apenas uma questão de inconveniência, é uma questão de dignidade e justiça. Os agricultores de Novo Oriente estão sendo sobrecarregados com um fardo que não lhes cabe. Eles estão sendo privados de recursos que poderiam ser investidos em melhorias para suas próprias famílias e comunidade.
É hora de agir. É hora das partes envolvidas e garantir assumir suas responsabilidades e compromissos assumidos. Os agricultores de Novo Oriente merecem mais do que estradas negligenciadas e promessas vazias. Eles merecem respeito, apoio e a infraestrutura adequada para prosperar e contribuir ainda mais para o desenvolvimento desta região.
É hora de restaurar a dignidade do Novo Oriente, começando pela reconstrução e manutenção adequada de sua estrada rural. As vozes dos agricultores não podem mais ser silenciadas. É hora de agir, antes que mais danos sejam infligidos a esta comunidade resiliente e essencial.
Por Eduardo Lima (Advogado)