Nas redes sociais, Ariela fez um grande desabafo e relatou que os atos transfóbicos iniciaram enquanto ela e o namorado trocavam afeto. “Um homem cis começou a proferir comentários transfóbicos e violentos, o que nos deixou extremamente desconfortáveis e ameaçados. Quando decidimos sair e voltar para casa, fomos surpreendidos por uma grupo de homens cis que me atacaram covardemente. Eles me agrediram com chutes e golpes de madeira, e meu namorado, Bruno, também foi ferido ao tentar me proteger”, disse ela, que foi agredida por pelo menos cinco homens.
Ariela teve uma fratura no punho e ficou com marcas das agressões na cabeça, no rosto, no braço e nas costas. “Eu simplesmente não tenho palavras para descrever toda a dor que sinto e o trauma que foi vivenciar, meu corpo todo está com marcas profundas, meu rosto não é mais o mesmo e estou com medo do que pode acontecer com os golpes que eu tomei que chegaram a acertar meu silicone industrial que tenho nos seios, espero que haja Justiça e que possamos ter acesso as câmeras do local onde fui agredida para que os agressores sejam identificados e punidos”, finalizou.
Após a agressão, Ariela foi levada até uma unidade de pronto atendimento também em Cabo Frio e afirma que teve que aguardar até oito horas para finalizar o atendimento, já que o local não tinha ortopedista. Segundo eles, uma amiga que acompanhava o casal ainda foi agredida por um dos seguranças da UPA. Em nota, a Prefeitura de Cabo Frio afirma que a unidade vai apurar o episódio.
A assessora reforçou o pedido de justiça. Um boletim de ocorrência e um exame de corpo de delito foram registrados na Polícia Civil de Cabo Frio. Ariela também pediu acesso a câmeras se segurança do local onde foi agredida para identificação e punição correta dos agressores. O caso foi registrado na 126ªDP (Cabo Frio). Segundo a Polícia Civil, investigações estão em andamento para identificar os autores das agressões e esclarecer todos os fatos.