Um estudo realizado pela Ipsos revela que a Geração Z — pessoas nascidas entre o final da década de 1990 e 2010 — são as que mais se identificam com alguma letra da sigla LGBTQIAP+ . A média global é de que 17% dos "GenZ" fazem parte da comunidade.
Segundo a pesquisa, a lista segue um declínio conforme as gerações, com as mais antigas apresentando um índice menor. Os Millennials aparecem com 11%, seguidos pela Geração X com 6% e os Baby Boomers com 5%. Ao todo, 11% da população adulta se identifica como membro da comunidade LGBTQIAP+.
No Brasil , o número é ainda maior. De acordo com a Ipsos, 14% da população adulta se identifica como LGBTQIAP+. Um terço da Geração Z brasileira afirma fazer parte da comunidade (32%).
A pesquisa faz uma análise sobre o apoio à orientação sexual dos atletas. Segundo os resultados, entre a Geração Z, 61% das mulheres dessa geração apoiam atletas assumidamente lésbicas, gays e bissexuais em equipes esportivas. Já entre os homens, a aceitação maior vem dos Millennials, com 47%.
A pesquisa revela que 54% dos brasileiros apoiam que pessoas LGBT+ sejam abertamente quem são, com a Tailândia e a Espanha liderando esse apoio com 68%, seguidas por Chile (63%), África do Sul (61%) e Argentina (60%). No extremo oposto, Japão (29%), Coreia do Sul (26%) e Turquia (21%) têm os menores índices de apoio.
Quando questionados sobre a proteção de pessoas LGBT+ contra discriminação em casa, no trabalho e em serviços públicos, mais da metade da população dos 26 países pesquisados concorda, com uma média global de 74%. A Turquia novamente aparece com o menor índice de concordância, 52%, enquanto Tailândia (84%), África do Sul (83%) e Espanha (82%) lideram. No Brasil, 77% concordam com a necessidade de proteção contra discriminação.
Além disso, 58% dos brasileiros apoiam que essa proteção seja garantida através de leis específicas. Esses dados destacam a variação no apoio e na percepção de proteção legal para pessoas LGBT+ em diferentes países, refletindo tanto avanços quanto desafios na promoção da igualdade e inclusão globalmente.
A pesquisa, nomeada “Global Advisor - LGBT+ Pride 2024”, foi realizada em 26 países. Ao todo, 18.515 pessoas foram entrevistadas entre os dias 23 de fevereiro e 8 de março de 2024. No Brasil, ao menos mil pessoas foram ouvidas. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.