Recentemente, Reynaldo Gianecchini foi alvo de críticas por ser escalado para viver Tick na peça de teatro 'Priscilla, a Rainha do Deserto'. Na adaptação da Broadway, o personagem interpreta a drag queen Mitzi Mitosis.
A polêmica com a escolha do artista se deu pelo público apontar a distância dele com o mundo LGBTQIA+ e com musicais.
Nos últimos anos, Gianecchini se abriu mais para a comunidade e revelou se identificar com a sexualidade fluida. No programa Conversa com Bial, o ator citou a importância da peça 'A Herança' em sua carreira, onde interpretou um gay conservador que se apaixona por um jovem ativista.
"Essa peça, eu sabia da importância pra mim de viver esse processo, de adentrar um pouco mais com um olhar mais atento, mais generoso para essa comunidade LGBT, que eu sempre fui muito simpatizante e eu mesmo já falei que a minha sexualidade é fluida, eu circulo muito bem ali", disse ele na época.
"A sexualidade fluida significa que a pessoa pode sentir atração por diferentes gêneros em diferentes momentos da sua vida. Ela reconhece que a orientação sexual não pode ser estática", explica a sexóloga Stephanie Seitz.
Segundo a especialista, a identificação ocorre em diferentes contextos. "A sexualidade pode variar de acordo com experiências, de acordo com o contexto de vida que aquela pessoa está vivendo no momento. Tem diversos fatores que influenciam nessa sexualidade fluida, justamente não ter algo ali preposto", detalha.
A sexóloga Tamara W. Zanotelli analisa que a sexualidade fluida acaba reconheconhendo que as experiências sexuais não precisam seguir um padrão. "Podem acabar mudando com base em experiências e autoconhecimento", afirma.
A especialista aponta a importância em se abrir para fluidez da orientação sexual "As pessoas estão mais abertas, com a mente mais aberta para sentir, viver e se permitir viver", celebra.