Eu não sei vocês, mas, o escritor que vos fala, até hoje tem um grande medo quando o assunto é HIV.
Eu não sei vocês, mas, o escritor que vos fala, até hoje tem um grande medo quando o assunto é HIV. O estigma desse vírus têm sido uma sombra constante na vida de muitos homens gays, especialmente para aqueles que, como eu, nasceram nos anos 80, quando o vírus ainda era visto como uma sentença de morte. Esse medo latente que desperta com ao menor comportamento de risco cria uma carga emocional pesada, muitas vezes na forma de culpa, levando à ansiedade e até o isolamento. E mesmo com os avanços na medicina e as ferramentas de prevenção disponíveis hoje, o estigma e a ansiedade persistem, refletindo a necessidade contínua de educação e apoio emocional.
O filme "Three Months", com tradução literal para TRÊS MESES, disponível na Paramount+, mergulha fundo nesse tema, trazendo à luz as complexidades e os medos associados ao HIV. A trama conta a história de Caleb, um jovem gay que, após um encontro casual é informado de que o parceiro tinha HIV, e pra piorar, a camisinha havia estourado justo nessa relação. Agora ele deve esperar três longos meses pelo resultado de um teste de HIV definitivo. Durante esse período de espera agonizante, o filme explora não só a ansiedade e a culpa que Caleb sente, mas também as nuances da vida de um adolescente.
"Three Months" é tanto comovente quanto divertido, destacando a importância das medidas preventivas como PEP e PrEP e a necessidade de desmistificar o HIV. Caleb, interpretado pelo cantor Troye Sivan, se equilibra entre a esperança e o medo, e se não bastasse, ainda encontra nesse momento o amor, justamente por um garoto que está passando pelo mesmo que ele. Além disso a presença de personagens secundários, como sua avó e melhor amiga, adiciona profundidade à história, mostrando a importância das redes de apoio em momentos de crise.
“Três meses” nos ensina que, embora o medo e a culpa associados ao HIV sejam sentimentos reais e dolorosos, há esperança e força na educação, na prevenção e no apoio emocional. O filme celebra a resiliência e a capacidade de crescimento pessoal, lembrando-nos que não estamos sozinhos em nossos medos e que o amor e a amizade podem nos ajudar a superar até mesmo os desafios mais assustadores.