A Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos, firmou parceria com o aplicativo de relacionamento Grindr para facilitar acesso a testes rápidos de HIV.
O Ministério da Saúde também faz parte da ação.
Embora o Grindr seja conhecido por conectar pessoas em busca de sexo rápido, a tecnologia do aplicativo se baseia na geolocalização.
Sendo assim, a ideia da ação de saúde pública é usar a geolocalização do app para informar usuários sobre locais de teste rápido do HIV.
O teste rápido no Brasil foi desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz. Com uma haste de algodão, o teste rápido provê resultados em até 30 minutos.
Similarmente ao teste de gravidez, o teste rápido do SUS é eficaz. No entanto, a diferença é que o teste de HIV analisa a mucosa oral em estilo swab como um teste de DNA.
O governo brasileiro foca no teste rápido de tecnologia nacional desde 2015. Em entrevista ao site UNASUS, o coordenador do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita explicou a importância do uso do teste rápido.
“É claro que ele vai ter que fazer novos testes para confirmação e dar início ao tratamento, mas a triagem já começa ali”, ressalta.
Há mais de uma década de combate ao HIV, a pasta de Saúde vai onde está o público-alvo de controle sanitário. “Estamos indo onde a epidemia está, atrás do público-alvo, levando uma solução prática e rápida”, afirmou Fábio.
O coordenador do MS explicou a ação pública em ocasião das idas do Ministério à comunidade. Atualmente, a parceria do governo com o Grindr ocorre similarmente.
Além de fornecer informações sobre locais que fazem teste rápido, a parceria visa também identificar casas de acolhimento a pessoas LGBTQI+ em situação de vulnerabilidade.
Desde de 15 de novembro, o aplicativo oferece uma ferramenta que facilita denúncias de violação de direitos humanos. A ação também ocorre em parceria com o governo, por meio da divulgação do Disque 100.