Em um dos crimes relatados, a vítima foi atraída para um apartamento onde manteve relações sexuais com dois integrantes da quadrilha, incluindo João Victor. Após o ato, o homem foi amarrado, agredido fisicamente e ameaçado de morte. “Sou mafioso, conheço muita gente por aqui. Você vai fazer o que eu mandar”, teria dito João, segundo o relato da vítima. Os criminosos roubaram seus cartões e celular, realizando transações bancárias que totalizaram um prejuízo de mais de R$ 25 mil. Para burlar o horário de restrição imposto pelos bancos, a vítima foi mantida em cárcere privado dentro de um carro até o amanhecer, quando novas transferências foram feitas.
O crime ocorreu no apartamento de Maria Eduarda, uma mulher trans que também integrava o grupo e foi presa em outubro do ano passado. Após o espancamento e as extorsões, a vítima foi abandonada em Santa Cruz, a mais de 60 quilômetros do local do encontro. De acordo com o delegado Uriel Alcântara, da 5ª DP, João Victor responde por roubo e extorsão, além de já ser réu em duas ações criminais. Apesar da prisão de João Victor, as investigações seguem em andamento para identificar outros integrantes da quadrilha e responsabilizá-los por crimes semelhantes. A polícia alerta para a importância de redobrar a atenção em encontros marcados por apps, especialmente em situações que envolvam desconhecidos.