A prisão na semana passada do agiota Josival Cavalcante, o Pacovan – em uma operação da Polícia Federal envolvendo o prefeito de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB) – foi um alerta a um grupo de deputados federais maranhenses que seguem as ordens do colega Josimar de Maranhãozinho (PL).
Dono do PL no Maranhão, Josimar controla outros dois partidos – o Patriota e o Avante – que têm os também deputados federais Marreca Filho (Patriotas) e Júnior Lourenço (Avante) como seus pontas-de-lança.
Ao lado do Pastor Gyldenemir (PL) – citado na operação da PF envolvendo Pacovan – os parlamentares se transformaram no que é chamado nos bastidores da bancada por “corretores de emendas”, com escritórios montados para operacionalizar a compra e venda de “certificados” que garantam a liberação de recursos federais no Maranhão.
Os depoimentos já colhidos pela investigação têm conteúdo explosivo para esses “corretores”.
Josimar ficou milionário depois que entrou na política, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Josimar de Maranhãozinho: R$ 1 milhão em patrimônio a cada ano na política…”
Mas viu seu poder de fogo multiplicar-se após chegar a Câmara Federal, a ponto de ser classificado em matéria o jornal O Estado de S. Paulo, como o ‘papão de emendas” na era Bolsonaro.
Pacovan seria o financiador dessas compras, liberando o dinheiro para prefeitos e parlamentares; e depois cobrando a faturas, como vinha tentando com Eudes Sampaio.
A prisão do agiota – mais uma ao longo dos últimos 10 anos – põe Josimar de Maranhãozinho e seu grupo de “corretores de emendas” – que pode ser ainda maior, envolvendo, inclusive deputados estaduais e vereadores – em estado de alerta na Polícia Federal.
Por que, ao que tudo indica, o fio da meada começou a ser desenrolado…
Fonte.Blog.www.marcoaureliodeca.com.br