Atenção, atenção! O mês de maio está aí e não podemos nos esquecer das suas cores! Elas representam duas causas muito importantes.
O amarelo é um alerta à prevenção de acidentes no trânsito, a maior causa de mortes no mundo todo. Nessa época de quarentena, alguns fatores como o rodízio de automóveis, a proibição da venda de bebidas alcoólicas em algumas cidades e o home office têm diminuído a taxa de acidentes, na maioria dos estados brasileiros. Em São Paulo, ela caiu 31% desde o início da quarentena. Apesar dessa queda, essa causa nunca deixará de ser importantíssima e uma responsabilidade de toda a sociedade.
Já o vermelho tem como principal objetivo informar sobre a hepatite, uma doença grave, que muitas vezes não apresenta sintomas. São vários tipos, saiba mais sobre eles:
Hepatite A: Conhecida como “hepatite infecciosa”, a sua transmissão pode ser via fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Geralmente, não apresenta sintomas, porém, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Como se prevenir: cuide das condições de higiene e de saneamento básico, lave sempre as mãos, consuma apenas água tratada, evite contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto. O diagnóstico é feito por exame sanguíneo.
Hepatite B: É uma doença infecciosa, também chamada de soro-homóloga. Sua transmissão ocorre por contato sanguíneo, pelo esperma e pelo leite materno. A hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
Sintomas: A maioria dos casos de hepatite B não apresenta sintomas. Mas, os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Como se prevenir: use camisinha em todas as relações sexuais e não partilhe objetos de uso pessoal, como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, material de manicure e pedicure, equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagem e colocação de piercings. O diagnóstico é feito por exame sanguíneo.
Hepatite C: A hepatite C é causada pelo vírus C (HCV), que também está presente no sangue. Ela é transmitida pelo compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de piercings; de mãe infectada para o filho durante a gravidez; sexo sem camisinha com uma pessoa infectada. Os sintomas mais comuns são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Como se prevenir: Não compartilhar com outras pessoas nada que possa ter entrado em contato com o sangue, como seringas, agulhas e objetos cortantes. O diagnóstico depende do tipo do vírus (genótipo) e do comprometimento do fígado (fibrose). Para isso, é necessária a realização de exames específicos, como biópsia hepática nos pacientes sem evidências clínicas de cirrose e exames de biologia molecular.
Hepatite D: A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa. A transmissão ocorre por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada; de mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, etc), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings. Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais discretos da doença. Os mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Como se prevenir: Como a hepatite D depende da presença do vírus B para se reproduzir, as formas de evitá-la são as mesmas do tipo B da doença.
O diagnóstico: A gravidade da doença depende do momento da infecção pelo vírus D. Pode ocorrer ao mesmo tempo em que a contaminação pelo vírus B ou atacar portadores de hepatite B crônica (quando a infecção persiste por mais de seis meses). Na infecção simultânea dos vírus D e B, na maioria das vezes, manifesta-se da mesma forma que hepatite aguda B. Já na infecção pelo vírus D em portadores do vírus B, o fígado pode sofrer danos severos, como cirrose ou até mesmo formas fulminantes de hepatite.
Hepatite E: A hepatite do tipo E é uma doença infecciosa viral causada pelo vírus VHE, mas possui ocorrência rara no Brasil, sendo mais comum na Ásia e África. A sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. Os sintomas mais frequentes são cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Como se prevenir: Melhorar as condições de higiene e de saneamento básico, lavar sempre as mãos, consumir apenas água tratada, evitar contato com valões, riachos, chafarizes, enchentes ou próximo de onde haja esgoto a céu aberto. O diagnóstico pode ser realizado por exame de sangue. Na maioria dos casos, a doença não requer tratamento, sendo proibido o consumo de bebidas alcoólicas, recomendado repouso e dieta pobre em gorduras.
As hepatites virais são doenças silenciosas e graves. O diagnóstico precoce amplia a eficácia do tratamento, por isso consulte regularmente um médico e faça o teste. O autocuidado e a responsabilidade de cuidar do próximo nunca foram tão essenciais!