Ela conta que a decisão de se permitir outro formato de relação veio após estudar o feminismo.
"A gente vai repetindo padrões de forma compulsória. E aí, a monogamia, assim como a maternidade, assim como a heterossexualidade, assim como várias outras coisas, elas são repetidas sem a gente questionar. Então, quando eu me dei conta de que eu, durante a minha vida toda adulta eu vivia de uma forma muito insegura. Sempre fui uma mulher muito insegura. Nunca sofri muitos traumas por traição não, mas eu sempre fui muito insegura. Tinha muito medo de ser colocada como trouxa, de levar uma pernada de um namorado... Sempre aquele assombro", contou ela ao podcast Prazer, Renata, comandado por Renata Ceribelli.
Na conversa, a atriz contou que quando decidiu abrir o relacionamento, se sentiu livre.
"Foi uma libertação, que não foi fácil e não é fácil, porque eu fui construída dentro dessa sociedade. Então, eu quebrar esse padrão dentro de mim, ainda mais um padrão super arraigado é super difícil, mas é um exercício. Assim como é um exercício não competir com uma mulher... Tudo é um exercício. E isso passou a ser", afirmou ela.
Para ela, o diálogo muito próximo também foi importante para que ela encontrasse um caminho muito particular para a união que eles vivem.
"E aí eu passei a conversar com o meu parceiro, que é um cara muito aberto, é um intelectual, somos artistas... A gente busca nos transformarmos e fazer das nossas vidas uma expressão artística também e uma busca política. Então, eu comecei a exercitar isso já faz uns três anos... No meu caso não é poligâmico, é só fora da hipocrisia. Então, eu posso me interessar por alguém... A minha vida não é uma festa, eu não vivo saindo com várias pessoas. Mas, eu não finjo que isso não vai acontecer. Eu lido com o fato de que a fidelidade não existe. Então, eu lido na realidade com a lealdade na relação. Uma pessoa que vive assim não é mais moderna, não é mais livre do que uma mulher que vive num relacionamento monogâmico", defendeu.