Além disso, aqui no Brasil, o reflexo da revolução sexual se materializou com as discussões sobre sexualidade, feminismo, Pornochanchada, gênero tipicamente brasileiro, e o popular – Não faça guerra, faça amor, slogan usado pelos civis americanos nas décadas de 60 e 70 para reprovar a Guerra do Vietnã que se consagrou mundo afora. Em 1990, o movimento lésbico ganhou ênfase em solo brasileiro. Lembrando que já existiam grupos lésbicos desde a década de 1980 aqui no país. Nos EUA, antes de Stonewall, em 1950, lésbicas já se organizavam em coletivos.
A Indústria pornográfica possui um grande espaço e faz mais grana do que reputadas empresas. Ela começou a tomar forma quando Hugh Hefner introduziu a revista Playboy, em 1953. Marilyn Monroe, a inocente fatal, veio na capa para demarcar a revolução sexual dos anos vindouros.
Feito este preâmbulo para contextualizar a linda cena de Leila e Betty que foi feita, segundo a própria Betty Faria, para chocar as convenções sociais, a foto ainda é assunto até hoje. O registro de Antonio Guerreiro em que Betty Faria e Leila Diniz dão um beijinho na boca, talvez menos quente que o sol da praia de Ipanema na época, foi feito em 1969. O ato tornou-se emblemático e, de certa forma, símbolo da liberdade sexual.
“A gente queria era chocar, implicar com a caretice, essa foto é ótima. Sabe que eu acho que está provocando mais agora? Todo mundo tem que respeitar tudo, não existe mais aquela brincadeira, não pode dizer mais nada, então as pessoas estão muito reprimidas porque o politicamente correto é terrível”, disse a atriz ícone de Salvador da Pátria no programa Amor e Sexo, em 2017.
“Uma moça livre”, como a própria se chamava, Leila Diniz foi uma atriz de novela e cinema, teve um final trágico em 1972, durante um acidente de avião que não deixou sobreviventes.
Fonte.https://observatoriog.bol.uol.com.br/