O grande vencedor destas eleições sem dúvida nenhuma é o ex-governador Flávio Dino. Após derrotar a maior oligarquia do Brasil em 2014 e ser eleito governador do Maranhão, depois, em 2018 ter sido reeleito no primeiro turno contra o governo federal de Michel Temer, Dino conseguiu agora em 2022 eleger seu sucessor no primeiro turno e, ainda, sair das urnas como Senador com votação de mais de 62%.
Reeleito governador do Maranhão após passar sete anos na condição de vice, a liderança de Carlos Brandão era contestada por diversos políticos maranhenses e por parte da imprensa. Brandão foi apelidado pelos adversários de governador “tampão. Superando tudo e todos, nas urnas, mostrou sua grandeza e saiu reeleito ainda no primeiro turno.
Considerado o melhor secretário de Estado da Educação de todos os tempos no Maranhão, Felipe Camarão, incialmente, seria candidato deputado federal, depois, governador, mas recebeu um ultimato do então governador Flávio Dino e teve de mudar de planos. Filiado ao PT, Camarão foi uma espécie de “cereja do bolo” e agora, na condição de vice-governador eleito, é o primeiro da linha sucessória do Palácio dos Leões.
O médico Lahesio Rodrigues do Bonfim embora não tenha conseguido chegar ao segundo turno, mostrou que é grande na política do Maranhão. Saiu de prefeito da minúscula São Pedro dos Crentes [de 4 mil habitantes] para ficar na segunda colocação na disputa pelo governo estadual. Obteve 24,87% o que representa 857.744 de votos; superando a monstruosa estrutura de Weverton Rocha (PDT). E mesmo sem a vitória, Lahesio é um dos grandes vencedores desta eleição.
O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), foi outro que saiu grande das urnas. O parlamentar conseguiu emplacar a esposa, Ana Paula como primeira suplente de Flávio Dino ao Senado, se reelegeu deputado e contribuiu decisivamente para reeleição do também deputado Ricardo Rios; fez sua irmã sair das urnas com mais de 55 mil votos. Agora, segue para uma reeleição tranquila à frente ALEMA. Ah, caso Lula seja confirmado presidente, a esposa de Othelino será Senadora logo a partir de fevereiro.
Prefeito reeleito da cidade de Caxias, Fábio Gentil, se agigantou ao abrir das urnas destas eleições. Elegeu a namorada Daniela – deputada estadual e, a filha Amanda Gentil, deputada federal. Calou os adversários e segue para ser o próximo presidente da FAMEM – Federação dos Municípios do Estado do Maranhão.
Ex-prefeita por dois mandatos seguidos no município de Urbano Santos (2013 a 2016) e (2017 a 2020), elegendo o sucessor em seguida e, ainda, com o marido [Hérlon Costa Lima] prefeito reeleito da cidade vizinha de Belágua, Iracema Vale se tornou a deputada estadual mais votada da história do Maranhão nestas eleições com 104.729 votos. Para se ter noção da expressiva votação, Vale conseguiu com sua votação “puxar” o deputado Antônio Pereira, que se reelegeu na sobra.
Quinto mais votado do Maranhão com 135 mil votos, o jovem deputado federal André Fufuca teve a audácia de nestas eleições levar o PP – da base de Jair Bolsonaro – para o palanque de Flávio Dino e Carlos Brandão. Levou o partido para onde quis e não conseguiu se arranhar policialmente. Ainda, por cima, fez o seu partido eleger quatro deputados estaduais e dois federais. E logo após se reeleger pela terceira vez, já avisou que não irá mais disputar cargo de federal; quer ser agora Senador.
Segundo mais votado do Maranhão, Pedro Lucas Fernandes era especulado no meio político como “não eleito” pelo fato de disputar internamente em seu partido, o União Brasil, com o deputado federal Juscelino Filho. Contudo, ao abrir das urnas se agigantou e teve nada menos que 160 mil votos. Diante do expressivo desempenho, já é um dos cotados para a disputa da prefeitura de São Luís em 2024.
Junto com a esposa Detinha, Josimar teve 320 mil votos, conseguiu a façanha de eleger dois deputados federais dentro da mesma casa. Maranhãozinho saiu grande da eleição, só não saiu maior porque escolheu o candidato a governador e senador errado. Na liderança de seu partido, o PL, elegeu mais dois deputados federais [total de 4] e outros cinco deputados estaduais.