A campanha eleitoral do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), gastou cerca de R$ 145 mil, até a manhã deste domingo (16), para rebater as acusações de pedofilia. Com horas antes do primeiro debate do segundo turno para disputa presidencial, a equipe do postulante ao Palácio do Planalto promoveu anúncios como "Bolsonaro NÃO é pedófilo".
As acusações de pedofilia viralizaram na internet graças a uma entrevista recente em que ele cita meninas venezuelanas e diz que "pintou um clima" . A equipe do candidato promoveu três anúncios semelhantes, sendo que dois deles já foram exibidos mais de 10 milhões de vezes.
A ferramenta de publicidade política do Google não informa o valor exato gasto pela campanha, somente a faixa de preço. Duas propagandas custaram entre R$ 70 mil e R$ 80 mil, e uma, entre R$ 5 mil e R$ 6 mil. As três foram exibidas em todo o território nacional, sem demais segmentações de público.
As propagandas redirecionam para um site chamado "Verdades do Bolsonaro", em que há um texto buscando explicar o episódio e afirmando que a declaração sobre meninas venezuelanas foi tirada de contexto. A polêmica começou após uma declaração do presidente a um canal do Youtube na sexta-feira (14).
Respondendo a uma pergunta sobre a hipótese de o Brasil se tornar comunista, em uma eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro insinuou que meninas venezuelanas têm de se prostituir no Brasil para "ganhar a vida".
O atual presidente relatou que, em 2021, estava andando de moto em Brasília quando viu meninas "arrumadinhas" de "14, 15 anos", até que "pintou um clima", e ele pediu para entrar na casa delas.