O cenário epidemiológico de Monkeypox mostra ainda que 48 casos suspeitos no estado estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com boletim da Secretaria de Estado da Saúde, o Maranhão registrou até o dia 13 de outubro, 22 casos de Monkeypox, conhecida popularmente como varíola dos macacos. O estado tem ainda 48 casos suspeitos (em 17 municípios), e 146 descartados.
A maioria dos casos confirmados estão na capital. São 15 casos em São Luís. Os demais estão nas cidades de: Pindaré-Mirim (1), Timon (1), Paço do Lumiar (1). Santa Inês (2), São José de Ribamar (2).
O total de 100% dos casos confirmados são com pessoas do sexo masculino e eles estão em maioria na faixa etária entre 30 a 39 anos (10 casos), 20 a 29 anos (8 casos) e 40 a 49 anos (4 casos).
Em São Luís, há 21 casos suspeitos. Os demais casos estão nas cidades de Miranda do Norte, Pedreiras, Peritoró, Pio XII, Caxias, São Luís Gonzaga do Maranhão, Timbiras, Igarapé do Meio, Serrano do Maranhão, Vitória do Mearim, Porto Franco, Paço do Lumiar, Imperatriz, Balsas, Porto Franco, Santa Inês, Santo Amaro do Maranhão.
O vírus está em 117 países, com 73.098 casos confirmados e 36 óbitos ao redor do mundo. No Brasil, o vírus está nas 27 Unidades da Federação. São 8.543 casos confirmados, e 6 óbitos registrados nos estados de São Paulo (1), Rio de Janeiro (3), e Minas Gerais (2).
Nos dias 10 e 12 de agosto de 2022 foram confirmados os primeiros casos de Monkeypox no Maranhão: Um homem de 42 anos sem histórico de viagens, e outro, de 38, que viajou para Belo Horizonte. O estado segue com as ações de vigilância e monitoramento de casos suspeitos.
O médico patologista e professor do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Raimundo Nonato, explica que a varíola foi erradicada na década de 1980 depois de uma grande campanha internacional de vacinação promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Antigamente, diante do surto de varíola, como não havia cura, a recomendação era esperar o organismo do paciente reagir e combater o vírus. Havia dois tipos de varíola: a varíola major, tipo mais radical da doença, que levava 30% dos doentes a óbito; e a varíola minor, um tipo mais leve que levava a óbito apenas 1% dos doentes”, menciona.
A Varíola dos Macacos é uma zoonose silvestre viral (transmitida aos seres humanos a partir dos animais), causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero Orthopoxvirus, e foi observada inicialmente em macacos em um laboratório em 1958, na Dinamarca.
Os sintomas da Varíola dos Macacos são semelhantes aos da Varíola, mas com menor gravidade: febre, dores de cabeça, musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão, além de lesões na pele que se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para o corpo.
“Essas lesões se assemelham à catapora ou à sífilis até formarem uma espécie de crosta, que depois cai”, alerta Nonato. A transmissão da doença se dá a partir do contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e objetos e materiais contaminados, como roupas de cama.
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