Em sua justificativa, Alexandre Khinstein, que preside o Comitê de informações da Duma, disse que é preciso endurecer a legislação porque “a operação especial [na Ucrânia] acontece não só no campo de batalha, mas também no espírito e na alma das pessoas”.
“A propaganda de sodomia está realmente no centro da influência de nosso inimigo”, disse Konstantin Malofeyev, bilionário e magnata da mídia conhecido por suas opiniões ultraconservadoras.
De acordo com o porta-voz da Duma, Vyacheslav Volodin, as emendas, que “protegem os russos”, devem ser aprovadas até o fim deste ano.
A lei aprovada em 2013 faz parte de um esforço do governo Putin para promover valores tradicionais russos contra o suposto liberalismo do Ocidente, visto pelo governo e pela Igreja Ortodoxa como um desvio.
Em 2017, a Corte Europeia de Direitos Humanos considerou que a legislação viola a Convenção Europeia de Direitos Humanos em artigos sobre a liberdade de expressão e a proibição de discriminação. Mas a virada conservadora se intensificou ainda mais desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro deste ano.
Também nesta segunda, o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou que seu governo liberasse 3,9 bilhões de rublos (mais de US$ 62 milhões) para programas de educação patriótica. Segundo o Kremlin, os programas contêm “conteúdo digital e multimídia destinado ao desenvolvimento patriótico e espiritual de crianças e jovens”.