Todas as cores e todos os amores voltaram, neste domingo (27), a desfilar orgulho na Avenida Atlântica. Após 2 anos com atividades virtuais, o Rio de Janeiro mais uma vez recebe a 27ª edição da parada LGBTQIAP+, na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio.
O “esquenta” começou no fim da manhã, com a bandeira do movimento estendida no asfalto na altura do Posto 5 — de onde, às 14h, estava previsto partir o desfile. Pelo menos cinco trios elétricos integrarão o cortejo, com diversas atrações.
“Hoje é dia de lutar e reivindicar por nossos direitos. Vale lembrar que não há democracia enquanto o Estado brasileiro não responder quem mandou matar Marielle Franco. Eu também gostaria de pedir uma salva de palmas para uma pessoa que, se pudesse, estaria aqui com a gente: o deputado federal David Miranda”, disse Monica Benício, viúva de Marielle. Mônica vestia uma camisa com o nome do parlamentar.
A socialite Narcisa Tamborindeguy esteve presente na coletiva de imprensa que antecedeu o cortejo. Ela afirmou que o evento é importante para combater a discriminação.
“É importante a Parada LGBT em Copacabana. Tem que dizer não à discriminação. Tem que tocar para os gays, tocar para população LGBTQIAP+. Não temos que julgar, temos que ser livres. Tem que ter amor entre as pessoas. Ai, que loucura, a loucura não tem cura! Viva o amor!”, disse Narcisa.
A sigla LGBTQIAP+ significa, respectivamente: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, intersexuais, assexuais e pansexuais.
“Eu acho que a Parada LGBT traz mais informações para as pessoas. Eu estava em cartaz no teatro fazendo uma personagem gay e fui muito criticada por ter dado um beijo na minha parceira de cena. As pessoas precisam se informar. Eu estou aqui para ter mais conhecimento sobre a população LGBT e celebrar a diversidade”, disse a ex-BBB Gyselle Soares.
Uma das atrações, MC Bianca destacou que “não é só cantar, não é só festa”. “É um evento muito importante. É um evento político, onde a gente dá a nossa voz e diz que a gente é livre. Muito bom ver esse evento de volta depois de dois anos. E eu sempre quis cantar na parada e tinha um look na minha cabeça. Aqui estou, a própria bandeira LGBT é igual a um passarinho”, disse.
MC Bianca, atração da Parada LGBTQIAP+ — Foto: Sthepanie Rodrigues/g1