Diretamente do Catar, elas gravaram para o g1 alguns momentos da rotina e da vida nesta primeira semana da Copa do Mundo de 2022, com direito balada, visita ao deserto e comida persa. Assista no vídeo acima.
Da esquerda para a direita: Nathalya, Monica, Anna e Sandra — Foto: Arquivo pessoal
Conheça, abaixo, um pouco da história de cada uma delas no Catar. Elas falam sobre:
Sandra Cordeiro é a cozinheira da turma. Ela chegou ao Catar há sete meses para trabalhar. Conheceu Anna e mudou de emprego. Especializada em servir comida brasileira, Sandra tem a expectativa de prolongar a sua estada no país e abrir o próprio negócio.
Amor, cultura e religião
Com um sorriso largo, ela conta que está apaixonada. Pelo Catar e por um egípcio. O namorado é muçulmano conservador, e ela precisou se adaptar a algumas regras para seguir com o relacionamento. “A questão dos costumes... é, a cultura assusta um pouco no começo. A gente é acostumado a ter liberdade de sair como casal, por exemplo. Então essas coisas me pegaram bastante. Agora eu acostumei um pouco”, relata.
Sandra está neste relacionamento há cinco meses. Foram dois meses para darem o primeiro beijo, um selinho. Ela comenta que dificilmente o casal fica sozinho, estão sempre em lugares públicos, como restaurantes, cinemas, shoppings e passeios com familiares e terceiros. No terceiro encontro, Ahrmed, o namorado, pediu Sandra em namoro. Com dois meses de namoro, ele propôs casamento.
“Ele falou que a família dele não aceitaria se eu não virasse mulçumana. Então eu disse: ‘se eu tiver que mudar a minha vida, você pode mudar a sua um pouco pra minha primeiro, se você conseguir fazer isso, eu vou conseguir fazer também’”, lembra.
Um outro aspecto que chamou a atenção da empresária é que, no país que apenas os residentes nativos podem ter imóveis próprios, os proprietários começaram a pedir que seus inquilinos se retirassem das casas três meses antes do grande evento. "Uma coisa bem difícil de lidar. Eles querem ganhar dinheiro, como se o aluguel de um mês valesse para o ano, é uma perspectiva de querer ganhar dinheiro durante a Copa", comenta.
Além disso, conta Anna, o governo do Catar deu férias coletivas durante o mês da Copa. "Para as pessoas que podem, eles pediram para ir embora do país, a de mão de obra mais simples, por exemplo. Alguns estão morando dentro da casa dos amigos."
A conexão virou estadia. A brasileira Monica de Souza estava voltando da Austrália quando parou em Doha para uma conexão. Seriam algumas horas, ela resolveu mudar para seis dias para comemorar o aniversário e, quando viu, foi um caso de amor à primeira vista (pela cidade). Ela mal chegou no Brasil e já se programou para voltar para o Catar. Isso, sem data definitiva de volta. “Cidade maravilhosa, simplesmente incrível”, descreve.