A jovem que passou um ano de acompanhamento no Centro de Referência LGBT, chegou na nova casa, onde poderá ficar por um período de seis meses na última quarta-feira (7). Priscila foi vítima inúmeras vezes por LGBTfobia, principalmente onde cresceu, sem o apoio de sua família. “ Tudo isso começou com a minha transição, a minha mãe não queria aceitar. Ela não me chamava pelo meu nome social. A nossa relaçao era muito conturbada”, detalhou.
A rotina da jovem antes de chegar ao espaço de acolhimento era entre a casa do pai e da mãe que são separados. Ela tem um irmão, mas não possui contato com o mesmo. Esses conflitos vividos em seu ambiente familiar a fez deixar ainda aos 17 anos o seu lar pela primeira vez. “Eu fui para o Conselho Tutelar e de lá me encaminharam para um abrigo feminino. Fiquei lá por uns cinco meses em processo de reconstrução familiar. E quando eu voltei para a casa da minha mãe, não deu certo. A relação se esfriou novamente”, afirmou a estudante.
Priscilla além de ter o acompanhamento psicológico, está fazendo um curso profissionalizante de moda, que é remunerado e abastece o sonho dela, que já pensa em seu futuro após finalizar a qualificação e ter seu próprio negócio. “Quero começar a fazer roupas, criar a minha marca e vender”, revela a jovem.