Em entrevista ao Metrópoles, Kleber conta que a ideia foi de Caetano e teve como ponto de partida a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência.
“Nosso encontro aconteceu através do jornalista Chico Regueira, com quem tinha feito uma matéria sobre um grupo artístico de periferia. Eles cresceram ouvindo Kleber Lucas nas igrejas. O Chico falou de mim para Caetano. Foi então que ele e Paula [Lavigne, esposa de Caetano] me convidaram para ir à casa deles. Estávamos no segundo turno da campanha do Lula e encontramos similaridades”, contou o religioso, que também faz parte do Gabinete de Transição de Cultura e Igualdade Racial do governo eleito.
Ao falar sobre as diferenças e correspondências entre seu trabalho e de Caetano, ele cita uma frase de Paula Lavigne, ouvida em um dos encontros com o casal. “‘Nós estamos na mesma luta, em trincheiras diferentes. Venha para a nossa trincheira, para a gente enfrentar essa onda de fundamentalismo religioso, de hostilidade, de desgoverno, dessa coisa neofascista'”.
Para além da bandeira da união, Kleber diz que tem dedicado seus esforços ao reconhecimento da música gospel na cultura brasileira. Em 1º de janeiro de 2023, ele estará na posse de Lula, em Brasília, ao lado de nomes como Paulinho da Viola, Martinho da Vila, Margareth Menezes, Maria Rita, Chico César, Pabllo Vittar, BaianaSystem, Duda Beat, Valesca Popozuda, entre outros.