Após perder ação na Justiça para reconhecimento de uma união estável com o apresentador Gugu Liberato, o chef de cozinha Thiago Salvático lamentou que fotos e mensagens não foram suficientes como provas de seu relacionamento com o comunicador e apontou homofobia na decisão do juiz.
“O juiz usou como base a ‘família tradicional brasileira’. Aquela união estável mulher e homem, que pode ser pública, sem qualquer julgamento do entorno, sem sofrer preconceito, xingamentos. Em uniões homoafetivas, muitas vezes, essa publicidade é relativizada, e reconhecida pelos Tribunais, tanto é que confio na reversão dessa decisão”, declarou Salvático em entrevista à revista Quem. O pedido foi negado, mesmo depois que ele disponibilizou uma série de provas, o registro de uma conta bancária conjunta. “No processo, foram juntadas centenas de mensagens, fotos, provas de nossas viagens juntos, provas da nossa conta investimento conjunta, provas de que eu tinha senhas de cartões, até do Instagram. Hoje, ter acesso a uma rede social de uma das maiores figuras da TV, é algo muito mais relevante e mostra o quanto eu estava presente na vida dele, pois ninguém, além de nós dois, tinha a senha”, explicou.
“O se assumir homossexual traz muitos impactos na vida de uma pessoa pública, especialmente no porte do Gugu, que apresentava programas para a família tradicional, que tinha linha voltada ao público infantil, e chegou a ser da Record TV, emissora religiosa”, opinou Salvático. Ainda na conversa, ele relembrou que Leandro Karnal assumiu recentemente o casamento com o marido e que essa exposição é complicada para pessoas públicas. Ele afirma que Gugu tinha esse receio também de mostrar que estava em uma relação com outro homem. “Era um relacionamento desconhecido do grande público por essas razões, mas de conhecimento das pessoas do círculo dele”, argumentou.
Por fim, o cozinheiro criticou a decisão de encerrar o processo de união estável sem sequer ouvir as partes contrárias e as testemunhas. “Certamente não teria sido dada se fosse um caso heterossexual. Então, acredito que tenha havido homofobia, mesmo em 2023. A união estável só terminou com o falecimento dele. Estivemos juntos por 8 anos. Compartilhávamos tudo, questões de vida, rotina, trabalho e familiares (filhos) diariamente. Quando não estávamos juntos, nos comunicávamos por mensagens e ligações diárias“, assegura.