Simples, de graça e muito eficaz na proteção contra o vírus HIV. A Profilaxia Pré-Exposição, mais conhecida pela sigla PrEP, é um dos métodos de prevenção à infecção pelo HIV que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil.
Abaixo, nesta reportagem, você vai saber:
É um comprimido que combina dois medicamentos antirretrovirais (tenofovir + entricitabina). Dentro do corpo, eles trabalham para fazer uma espécie de bloqueio nos caminhos que o HIV usa para infectar o organismo.
Assim, o corpo se prepara para enfrentar um possível contato com o HIV, como em uma relação sexual, por exemplo.
Quem não está infectado pelo HIV e possuir maior risco de entrar em contato com o vírus, como quem tem vários parceiros ou não consegue usar camisinha.
"A PrEP é tomada diariamente por quem tem um risco aumentado de infeção por HIV, como pessoas que não conseguem usar o preservativo, quem sempre tem quadros de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ou quando você está vivendo um relacionamento sorodiferente, que é aquele que uma pessoa tem HIV e a outra não", explica o médico infectologista Vinícius Borges, especialista em ISTs.
Ela também é indicada para homens gays, transexuais, trabalhadores do sexo e para quem faz uso repetido da PEP, a Profilaxia Pós-Exposição (siga lendo para entender a diferença).
Caso você esteja nos grupos indicados, é importante consultar um médico para iniciar o uso do medicamento. Isso porque há dois jeitos de tomá-lo.
No SUS, a PrEP geralmente é receitada para ser tomada uma vez por dia - e a retirada do medicamento, de graça, deve ser feita a cada três meses. O efeito protetor começa a partir do sétimo dia.
"Você toma um comprimido por dia e faz exames a cada quatro meses", afirma o médico Vinícius Borges. "A PrEP só age no HIV, ela não previne outras ISTs", ressalta.
Segundo o Ministério da Saúde, a PrEP não precisa necessariamente ser usada até o final da vida de maneira ininterrupta. A pessoa pode interromper ou parar o uso do medicamento, caso haja mudanças no seu contexto de vida. Também pode retomar o uso da profilaxia.
Dos mais de 29,9 mil usuários de PrEP no Brasil em dezembro de 2021, 41% pararam de tomar o medicamento em algum momento, mas depois recomeçaram