De acordo com um pedido do próprio Bento XVI, o livro só poderia ser lançado após a sua morte. “Esse volume, que reúne os escritos por mim compostos no mosteiro Mater Ecclesiae, deve ser publicado após minha morte“, escreveu Bento XVI em uma carta aos organizadores do livro, o teólogo Elio Guerriero e Georg Ganswein, secretário particular do papa emérito.
Ainda em suas cartas, o ex-líder da Igreja Católica ressalta que estava sendo perseguido por grupos radicais e que, por conta disso, todos os seus textos só poderiam ser divulgados ao mundo após o seu falecimento. “A fúria dos grupos contrários a mim na Alemanha é tão forte que o surgimento de qualquer palavra minha provoca imediatamente uma gritaria assassina”, escreveu.
Em sua visão conservadora, Bento XVI também revelou a existência de clubes homossexuais nas escolas dos sacerdotes e que alguns Bispos incentivam os religiosos a assistirem filmes pornográficos com o intuito de ‘ensinar a resistência do pecado’.
“Em um seminário no sul da Alemanha, os candidatos ao sacerdócio e os candidatos ao serviço leigo viviam juntos. Durante as refeições conjuntas, os seminaristas ficavam juntos aos representantes pastorais casados, acompanhados em parte por esposas e filhos, e em alguns casos até por namoradas. O clima no seminário não ajudava na formação sacerdotal“, cita ele, em seu livro.