A morte de Lara Helloysa, uma estudante do ensino médio de apenas 16 anos perseguida por colegas de classe do Colégio Estadual Villa Lobos em Aparecida de Goiânia (GO), relança o debate sobre o bullying nas escolas. Alvo de comentários lesbofóbicos e ataques constantes nas redes sociais, a adolescente decidiu colocar um fim ao assédio ateando fogo no próprio corpo.
Segundo relatos da família da adolescente, tudo começou após Lara assumir um relacionamento com outra estudante da instituição. Os ataques pioraram depois que a jovem cortou os cabelos e mudou seu visual, adotando um corte mais curto. Como se não bastasse, a adolescente ainda precisou lidar com uma página de fofocas no Instagram que compartilhava boatos sobre ela e sua ex-namorada. Mesmo tendo buscado ajuda na escola, infelizmente, nada foi suficiente para evitar a tragédia que se seguiu.
Foi então que manhã do último dia 17 de Março, Lara decidiu por um fim em seu sofrimento ateando fogo em si mesma. A adolescente foi socorrida por populares, que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que prestou o primeiro atendimento e a encaminhou para a UPA Buriti Sereno. Lara ficou com 90% da superfície do corpo queimada e chegou a ser encaminhada para a unidade de estabilização. Apesar dos esforços para manter a jovem viva, Lara acabou não resistindo.
Procurada pelo portal Planeta Foda, a Secretaria Estadual de Educação de Goiás, disse em nota lamentar profundamente a morte da estudante e informou que realizou uma atividade pedagógica na escola com o tema “Bullying e Desenvolvimento Socioemocional: Formação para a Vida”. Ainda segundo a nota, Lara estava passando por um quadro de depressão e tinha dificuldades de relacionamento.
