Em depoimento, o autor afirmou que a vítima o seguiu até a casa dele e que “não tinha outro jeito” a não ser matá-la, já que não queria ir embora.
Segundo os policiais que colheram o depoimento, o assassino relatou friamente o crime, confirmando toda a linha de investigação feita por eles. Contou que Júnior Nascimento trabalhava em uma distribuidora que costumava frequentar, mas que não tinham relação e não sabiam sequer o nome um do outro.
O assassino contou que no dia do homicídio foi ao comércio e comprou três latas de cerveja. Quando estava indo para casa, foi abordado pela vítima, que queria ter relações sexuais com ele.
De acordo com a versão do preso, o jovem o seguiu até a sua casa e chegou a ameaçar pular o portão caso ele não abrisse. Em um determinado momento, a vítima pediu para ir ao banheiro, e o criminoso autorizou. Mas investidas continuaram.
O agressor confessou que ficou sem paciência, pegou uma picareta e acertou a nuca do rapaz. Logo em seguida, desferiu outro golpe na cabeça, para garantir que Júnior estava morto. O autor jogou o corpo em uma cisterna e, antes de fugir para Goiás, confessou o crime ao irmão.
O crime ocorreu no Sol Nascente. Júnior tinha 24 anos, era homossexual e estava desaparecido desde quarta-feira (31/5). O corpo dele foi encontrado no dia seguinte. João era considerado foragido e teria matado a vítima após receber uma “cantada”, segundo as investigações da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte).
Câmeras de segurança registraram o momento em que os dois se encontraram, na rua. Nas imagens, João aparece de camiseta azul, calça preta, mochila e tênis. Inicialmente, o jovem fica na calçada. Pouco depois, parece conversar com uma pessoa – Júnior – que está do outro lado da pista.
Júnior gesticula e pede para que o indivíduo se aproxime. O criminoso atravessa a avenida, os dois conversam e saem juntos do campo de registro da câmera.