Um casal de lésbicas sofreu homofobia dentro de uma sala de cinema da rede Cinemark, no Distrito Federal.

A estoquista Amanda Gonçalves, 35, e a assessora técnica Patricia Gontijo, 31, foram repreendidasAo Estadão, elas contaram que uma funcionária disse que não poderiam se beijar no cinema.

"Aconteceu mais ou menos no meio da sessão. Eu e minha esposa demos um beijo e a funcionária nos abordou dizendo que a gente não poderia estar fazendo aquilo alí", afirmou Amanda.

"Ela disse que a gente 'poderia fazer aquilo fora dali, em qualquer outro local, mas não alí' e repetiu isso várias vezes, apontando para nós duas."

O casal demorou alguns segundos para entender que estava sendo vítima de homofobia.

"Ficamos nos perguntando o que a gente estava fazendo de errado", disse Amanda. "Ficamos catatônicas, pois quando a gente passa por uma situação assim, a gente não percebe de primeira. É um pouco difícil de processar."

Amanda e Patricia, então, abandonaram a sala e procuraram pelo gerente. A estoquista disse que o profissional foi solícito, falou que não havia problema algum se beijarem no local, mas não sabia exatamente como proceder.

"Ficamos nos perguntando o que a gente estava fazendo de errado. Ficamos catatônicas, pois quando a gente passa por uma situação assim, a gente não percebe de primeira. É um pouco difícil de processar."

O casal registrou Boletim de Ocorrência por homofobia e abriu uma queixa no site Reclame Aqui.

"A Cinemark esclarece que repudia qualquer ato de discriminação e não compactua com o comportamento da colaboradora, que já foi desligada da empresa. A rede informa que tão logo tomou conhecimento do ocorrido prestou apoio às clientes. A marca lamenta o ocorrido e informa que vai reforçar o treinamento do seu time", escreveu a empresa em nota.