O governo Lula vai reservar cotas para transgêneros e indígenas no próximo concurso que fará para selecionar 900 auditores fiscais do trabalho (AFT) no país. Conforme o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, 2% do total de vagas serão destinadas aos indígenas. E outros 2%, para pessoas trans.
Hoje, a lei só exige 5% de cotas para pessoas com deficiência (PcD), e 20% para negros. Nestes dois casos, o ministério também vai inovar: o percentual de vagas reservadas para PcDs será de 6%. Já as reservas para negros vão saltar para 45%.
O salário inicial dos auditores será de R$ 21 mil. Eles serão contratados para fiscalizar a existência de irregularidades como trabalho escravo, utilização de mão de obra infantil e violações às normas de segurança no trabalho.
A medida chega em alinhamento com as atualizações que estão ocorrendo com o novo governo de Lula. Desde 2013, o governo não realiza concurso público na área, quando vagas foram abertas pelo governo de Dilma Rousseff (PT).
Segundo o ministério, o país tem hoje 1.933 auditores fiscais do trabalho. Com o concurso, o número chegará a cerca de 3.000. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.