A Letônia se tornou a primeira nação da União Europeia a ter um chefe de Estado abertamente gay. Edgars Rinkēvičs, ex-ministro das Relações Exteriores, foi empossado como presidente do país no último sábado (8), durante uma cerimônia na capital, Riga.
Em seu discurso inaugural, Rinkēvičs prometeu ajudar os letões a “quebrar o teto de vidro”, acrescentando que a desigualdade se tornou um “problema significativo” no país báltico.
“Durante minha presidência, defenderei a criação de uma Letônia moderna e forte, por uma Letônia legal e justa, pelo bem-estar do povo, por uma sociedade inclusiva e respeitosa”, disse Rinkēvičs. “É possível para todos nós conseguirmos isso trabalhando juntos.”
Atualmente, o casamento entre pessoas do mesmo gênero é ilegal na Letônia. As uniões civis são permitidas, mas não incluem determinados direitos que os casais heterossexuais recebem por meio do casamento, como direitos de adoção ou propriedade conjunta.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que mais de 65 países em todo o mundo criminalizam as relações homoafetivas e alguns, inclusive, aplicam a pena de morte como Ugandan, na África Oriental. Veja a lista completa da ONU neste link e entenda a situação do país africano nesta reportagem.
O único outro chefe de Estado eleito abertamente gay foi Paolo Rondelli, capitão regente de San Marino, um estado não pertencente à UE. Outros estados membros da UE tiveram chefes de governo abertamente LGBT+, incluindo Bélgica, Irlanda e Luxemburgo.
O político belga Elio Di Rupo, por exemplo, se tornou o primeiro chefe de governo abertamente gay da UE depois de ser eleito primeiro-ministro em 2011. Rinkēvičs se assumiu gay em novembro de 2014, enquanto ainda era ministro. “É com orgulho que anuncio que sou gay … Boa sorte a todos vocês”, escreveu ele no Twitter na época.