Dados são referentes ao ano de 2021.
O crescimento dos casos de leishmaniose no Brasil, tanto em cães como em humanos, vem preocupando especialistas. O aumento das ocorrências está também associado a mudanças no padrão de transmissão, inicialmente predominando em ambientes silvestres e rurais e mais recentemente se expandindo em centros urbanos.
A Fiocruz fez na semana passada um alerta para o aumento do número de cães com leishmaniose. Segundo o pesquisador em Saúde Pública, o veterinário Paulo Lisboa, a solução para esse problema não é matá-los.
Os parasitas causadores são protozoários. Eles podem ser transmitidos pela picada do mosquito palha. O inseto pode ser o intermediário por levar o parasita de homem para homem, de animal para homem ou de homem para animal. Principal fonte de infecção para o mosquito palha, o cão pode desenvolver formas graves da doença com sintomas que incluem emagrecimento, queda de pêlos, crescimento e deformação das unhas, paralisia de membros posteriores, desnutrição, entre outros. A taxa de letalidade é alta.
Em ambientes silvestres, a raposa e o gambá também são reservatórios do parasita. Quanto mais animais são infectados, maior é a probabilidade de que a doença chegue aos seres humanos.
Existem diversas formas de leishmaniose: As duas mais comuns são a leishmaniose tegumentar ou cutânea, que acomete a pele, e a leishmaniose visceral, que danifica fígado, baço e medula. Embora seja endêmica em quase 80 países, segundo a Organização Mundial da Saúde, quatro nações concentram mais da metade dos casos de leishmaniose visceral: Sudão, Quênia, Brasil e Índia. Dos casos registrados na América Latina, cerca de 90% ocorrem no Brasil. Quando não tratada, a doença é fatal em 95% dos casos.
Atualmente, apenas uma vacina para cães está disponível.
O Maranhão é o estado com mais casos de Leishmaniose em 2021: 249.
O Ceará fica em segundo lugar, com 168 casos e em terceiro, Minas Gerais, com 167 ocorrências. Já os locais com menos registros de leishmaniose são: Rio de Janeiro, com dois casos. Espírito Santo e Rio Grande do Sul, com 1 caso cada um. Os únicos estados brasileiros sem registros de casos em 2021 são; Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia e Santa Catarina.
*Com informações da Radioagência Nacional