Cerca de 218km separam as cidades de Tobias Barreto, em Sergipe, onde nasceu Nadson de Jesus Alves, e Candeias, na Bahia, onde o arrocha foi originado. E nem mesmo as quase 4 horas de viagem entre os municípios afastaram a paixão do 'Ferinha' por um dos ritmos que mais crescem no cenário musical brasileiro.
Destaque da cena, o jovem, de 22 anos, estourou no país durante a pandemia da Covid-19, em 2021, e conseguiu se manter firme na cena a ponto de fazer a arte rodar o país e seguir em alta em 2023, se tornando um dos artistas mais ouvidos e mais baixados na plataforma Sua Música, e conquistando mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify.
"Eu comecei com 11 anos e lá eu já comecei gostando do Pablo do Arrocha, por eu gostar dele comecei a cantar no ritmo do arrocha. Nunca pensei em cantar outro ritmo, foi o arrocha que me pegou", conta ao artista que teve o apoio de um tio para iniciar a carreira.
Nadson chegou a conhecer o ídolo antes de estourar. O encontro foi promovido pelo apresentador Gugu Liberato, no Programa do Gugu, na Record em 2013. O garoto apresentou 'Bilu Bilu' ao lado do artista e falou sobre a admiração que tinha pelo baiano.
Desde então, o nome de Ferinha, ou melhor, a voz de Nadson é figurinha carimbada na web, nos paredões, nas portas de estádios e até mesmo no Carnaval de Salvador. "Tenho vontade de vir para cá curtir", disse o cantor que terá a capital como palco do próximo lançamento do artista, a música 'Cadê Seu Namorado, Moça?', em parceria com o compositor Thales Lessa.
A fama ainda é uma gigante para o jovem, que a poucos anos atrás tinha os grandes artistas do gênero apenas como ídolos. Tímido, Nadson falou sobre como vem lidando com a emoção de estar nos mesmos espaços que os cantores que sempre admirou e como é lidar com uma agenda de shows cheia e apresentações ao redor do país.
"É uma loucura, porque a nove anos atrás eu era fã e estava começando uma carreira e hoje, poder estar ao lado dele fazendo eventos é uma loucura, eu não sei nem explicar. Eu gosto da agonia (dos palcos), ainda não tive esse momento de querer descansar, mas quando estou na estrada penso em casa, e quando estou em casa quero estar nos palcos (risos)."
Ao site, o artista também falou sobre o papel que acabou ganhando com o alcance nacional, o de se tornar uma inspiração para jovens, que assim como ele, sonham com a carreira musical. "Eu me sinto feliz, porque querendo ou não eu já fui uma dessas pessoas (que almejou a carreira musical) e hoje eu estar conseguindo conquistar esse espaço é muito significante".
Para o futuro, o limite é atravessar não só as divisas como também fronteiras. Nadson conta que sonha em se apresentar fora do país e em colaborar com grandes nomes da música brasileira.
"Eu espero que para o futuro eu seja um cara bem sucedido, com fé em Deus, e nos palcos eu quero cantar no Brasil inteiro e se Deus quiser, fora do país também, que é um sonho. Sou muito fã de Gusttavo Lima e Luan, queria contar com eles".