Miggiorin está namorando o diretor comercial e produtor João Victor Amado, e os dois trocam declarações de amor nas redes sociais. O ator acredita que, para a sociedade, ainda existe muito a questão de querer rotular as pessoas de acordo com suas identidades e sexualidades.
“Acho que os rótulos são limitantes e geram uma polêmica desnecessária. Já tive experiências com homens e com mulheres, e a minha conversa com meus pais foi essa desde o início. Não estou preocupado com qual prateleira vão me colocar, mas parece que a gente precisa se encaixar, né? Então, preciso me limitar, porque pode acontecer uma enxurrada de comentários a partir disso. E se eu namoro um homem hoje, sou gay”, afirmou.
O processo de me autorizar foi inevitável. Era perder tudo ou começar a me permitir. Foi um processo de libertação e de reconstrução da autoestima. Porque, quando você cresce de uma forma fragmentada, não me permitia mostrar determinados aspectos da minha vida. E isso ficou arraigado na minha cabeça e não conseguia olhar.
Rodrigo em Mulheres Apaixonadas
Mulheres Apaixonadas foi a primeira novela de Miggiorin, que tinha 20 anos quando interpretou Rodrigo, filho rebelde de César (José Mayer). Ele confessou que não gosta de ver as cenas daquela época.
“Não consigo assistir muito, porque ainda tenho resquícios da autorrejeição da minha imagem. É uma dificuldade. Tenho muito orgulho de ter participado da novela e ter começado minha carreira dessa maneira tão maravilhosa. Mas é um processo que a gente vai passando, de fazer as pazes com a própria imagem. Hoje, já estou em outro momento, em um processo de autoconhecimento e de amadurecimento”, explicou.
O trabalho mais recente dele na emissora foi na segunda temporada da série Vicky e a Musa, que tem previsão de estreia para dezembro deste ano no Globoplay. O ator disse se sentir mais tranquilo pessoal e profissionalmente, por não ter mais de esconder sua verdade.
“Me sinto mais autêntico e contando a minha verdadeira história, sendo saudável. É libertador. Dá medo de não trabalhar mais publicamente e acho que, sim, esse sempre foi meu maior medo. Me anular por completo esperando um convite de trabalho. E isso não é saudável. Esperar a vida inteira, me escondendo, por uma questão que não é por aí. Não dá mais para ser assim”, concluiu.