Criado por Lucian Ambros (35) em 2017, o grupo Posithividades é hoje a maior comunidade online do Brasil para pessoas que vivem com HIV, com seis grupos e mais de 250 pessoas conectadas que conversam diariamente sobre seus medos, dúvidas, preconceitos e até desejos. Sim, o que nasceu como uma rede online de acolhimento para ajudar as pessoas vivendo com HIV a enfrentarem o medo e o preconceito, também tornou-se um meio para encontrar o crush perdido dentro da comunidade.
“Todos os grupos da comunidade são exclusivos para pessoas que vivem com HIV. O grupo original – o A Seita que dói menos – e o grupo Posithividades Feminina – exclusivo para mulheres – só são liberados para quem se inscreve e participa de pelo menos um Encontro Catavento, que é uma espécie de recepção e sala de espera para entrar na comunidade. Já os grupo de paquera são de livre acesso, mas somente para pessoas que vivem com HIV”, explica Lucian.
“Esses grupos de relacionamento nasceram da necessidade das pessoas que já estavam no A Seita de paquerar e se relacionar com outra pessoa vivendo com HIV. No grupo principal é proibido biscoitagem, nudes e paqueras. E a iniciativa deu certo. Em menos de um mês desses grupos, temos três casais formados, um hetero e dois gays”, comemora.
Administrador de empresas, especialista em Gestão de Negócios, Sexologia e Psicanálise, estudante de Psicologia e com MBA em Marketing Digital, Lucian vive com HIV há 13 anos. Somente em 2017 ele tornou pública a sua sorologia e criou o perfil @posithividades no Instagram, primeiro nas redes sociais do páis focado no acolhimento de pessoas vivendo com HIV.
Hoje, já são quase 310 mil seguidores nas diferentes plataformas. Com mais de cinco mil conteúdos de prevenção e informação sobre HIV já publicados e mais de 100 horas de lives em collabs com especialistas no assunto. Diariamente, são publicados, em média, três conteúdos sobre os mais diferentes assuntos relacionados ao HIV, sempre de forma leve, divertida, direta e objetiva.
“Nesses seis anos de trabalho, acompanhei a mudança no comportamento das pessoas, buscando cada vez mais informações para aprender sobre o vírus, formas de transmissão, como prevenir, como fazer o tratamento e como viver indetectável sem risco de transmitir o HIV para outras pessoas, podendo se relacionar novamente sem qualquer peso, medo ou culpa. Sou uma pessoa feliz e realizada por ter feito parte dessa mudança na nossa sociedade”, destaca Lucian.